Alarme da Polícia sempre Soa

2018-04-06

Foi detido um investigador criminal da Polícia Judiciária por suspeito de ter recebido interesses ilegais

Resumo

Um investigador criminal da PJ, é suspeito de ter examinado um processo para obter, ilegalmente, as informações neles constantes e o decurso da investigação, revelando essas informações à rede criminosa de usura sob investigação para que a mesma pudesse fugir da investigação e da responsabilidade criminal recebendo interesses ilegais em contrapartida.

No dia 4 de Abril de 2018, o investigador em causa foi detido pela PJ e acusado de “favorecimento pessoal por funcionário”, “acesso ilegítimo a sistema informático” e “obtenção ilegítima de dados informáticos”, tendo sido entregue ao Ministério Público.

 
Resposta da PJ

A PJ lamenta muito pelo que aconteceu e presta elevada atenção ao caso, realçando sempre que seus trabalhadores devem conhecer e cumprir a Lei. Sempre que se verifiquem actos ilegais, disciplinares ou actos que prejudicam a imagem ou dignidade da PJ, os mesmos são tratados severamente de acordo com a Lei e sem qualquer tolerância.

 
Acompanhamento(Actualizado)

O caso foi entregue ao Ministério Público para o devido procedimento. A requerimento do Ministério Público, o juiz do Juízo de Instrução Criminal decidiu aplicar-lhe as medidas de coacção de proibição de ausência, de obrigação de apresentação periódica mensal e de prestação do termo de identidade e residência.

Em 4 de Abril de 2018, a PJ instaurou um processo disciplinar contra o investigador criminal para averiguação dos actos ilícitos de acordo com a Lei. Por despacho do Secretário para a Segurança, de 7 de Abril de 2018, foi-lhe aplicada a suspensão preventiva de funções.

 
Medidas de reorganização e saneamento

A direcção da PJ comunicou de imediato o facto aos chefes das subunidades e exigiu-lhes que supervisionem os actos dos seus subordinados e advirtam os trabalhadores para que respeitem a Lei e cumpram os seus deveres.

 
Resultado(Actualizado)

A PJ concluiu o processo disciplinar e, no dia 8 de Fevereiro de 2019, por despacho do Secretário para a Segurança, foi aplicada ao referido investigador criminal a pena de demissão.