De acordo com as informações fidedignas, a PJ detectou agentes do CPSP suspeitos de se terem organizado em associação criminosa, os quais com abuso de poder se entregaram à prática de actividades criminosas, procederam a registos com falsificação do conteúdo de movimentos fronteiriços de indivíduos, assíduos frequentadores dos casinos, revelaram ilegalmente segredo relativos a informações de entrada e saída alheia, acompanharam os indivíduos, em estado de excesso de permanência até aos postos fronteiriços, facilitando-lhe a saída ilegal em Macau.
Em 13 de Maio de 2017, a PJ procedeu uma operação nas ilhas da Taipa e de Coloane e, apreendeu 3 guardas principais do CPSP. Nas casas dos 3 suspeitos, a PJ apreendeu dinheiro suspeito de estar relacionado com a troca de favores tipificados como actividade criminal. Os três suspeitos foram indiciados pela PJ por crimes de associação criminosa, prevaricação, corrupção passiva para o acto ilícito, falsificação informática, acolhimento, violação do dever de segredo e, consequentemente, foram entregues ao Ministério Público.
Ao mesmo tempo, foram detidos 11 indivíduos do interior da China, tendo, nos locais de domicílio de alguns destes sido encontrados diferentes tipos de droga.
Conforme as diligências posteriores efectuadas pela PJ, verificou-se, em Outubro de 2017, que um outro guarda principal do CPSP também estava envolvido no caso e como o crime praticado não conduziu a aplicação de medida de detenção, o mesmo foi remetido ao órgão judicial o respectivo procedimento. No dia 23 de Outubro de 2017, o Tribunal da Instrução Criminal aplicou ao referido guarda a medida de coacção de suspensão do exercício das funções públicas.