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2018-09-17

Trabalho de resposta ao tufão “Mangkhut” obtém resultados satisfatórios

Fonte : Gabinete de Comunicação Social

O Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) fez, em conferência de imprensa, esta tarde (17 de Setembro), um balanço dos trabalhos de protecção civil executados durante a passagem do super tufão “Mangkhut” por Macau. Na ocasião, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, realçou, que, sob a orientação do Chefe do Executivo, as diversas áreas do governo, o Centro de Operações de Protecção Civil (COPC), todas as entidades da estrutura de Protecção Civil e os residentes têm estado unidos e a cooperar, recorrendo a todos os esforços para dar uma resposta efectiva ao fenómeno meteorológico e minimizar as perdas e os prejuízos. O trabalho de todos tem atingido resultados relativamente satisfatórios.

Na sessão de balanço, realizada às 15h, no gabinete do secretário para a Segurança, foram relatadas, aos órgãos de comunicação social e de uma forma resumida, as medidas de contingência tomadas durante a passagem do tufão, bem como as acções de limpeza, iniciadas esta madrugada, e os trabalhos de recuperação de electricidade nas zonas afectadas. Participaram na conferência de imprensa também o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários e comandante de acção conjunta da estrutura de Protecção Civil, Ma Io Kun, o director-geral‎ dos Serviços de Alfândega, ‎Vong Iao Lek, e representantes dos serviços competentes da referida estrutura.

Wong Sio Chak começou por agradecer aos diferentes serviços pela cooperação plena e também a todos os cidadãos de Macau pelo apoio e participação nas acções de resposta ao forte tufão “Mangkhut”. E considerou que o trabalho realizado atingiu já resultados satisfatórios devido a uma conjugação de factores, que passou a expor. Em primeiro lugar, o Chefe do Executivo atribuiu grande importância aos trabalhos e permaneceu durante um longo período de tempo no COPC para comandar pessoalmente esse Centro. Além disso, houve, da parte dos diversos serviços do governo, um longo trabalho de preparação (cerca de um ano), que implicou um visível esforço de todos os funcionários das entidades da estrutura de Protecção Civil. Ao mesmo tempo, verificou-se um aumento significativo do grau de consciência da sociedade para a importância das acções da Protecção Civil, com todos os cidadãos a disponibilizarem-se para dar total apoio e cooperarem activamente nos trabalhos de emergência. Quando a Protecção Civil iniciou os trabalhos preventivos, a maioria dos cidadãos cooperou com as autoridades, inclusivamente quando os agentes das forças de segurança procederam à evacuação de algumas zonas, o que permitiu que essa acção decorresse de forma ordenada.

Sob a coordenação do Governo da RAEM, os respectivos serviços colaboraram igualmente, com a devida antecedência, com as seis operadores de jogo para disponibilizarem um grande número de lugares seguros para o estacionamento de veículos. Simultaneamente, fizeram vários apelos à população, de modo a minimizar-se as probabilidades de grandes prejuízos como aqueles que podem resultar de veículos afectados por inundações.

Além disso, todas as operadoras do jogo cooperaram com o governo aquando da decisão de encerramento das suas actividades, na altura mais crítica da passagem do “Mangkhut” por Macau. Neste âmbito, as autoridades governamentais ainda contactaram e iniciaram uma coordenação atempada com os serviços dos postos fronteiriços do Interior da China para o fecho temporário e antecipado dessas instalações, por forma a garantir-se a segurança dos cidadãos, turistas e trabalhadores da indústria do jogo. A medida serviu ainda para evitar que o trânsito sofresse uma pressão extra, derivada de uma grande movimentação de cidadãos e turistas.

Wong Sio Chak sublinhou ainda que o governo tomou, igualmente com a devida antecedência, uma decisão sobre a supensão das aulas e a dispensa do serviço para funcionários públicos para que o trabalho de remoção de obstáculos nas ruas pudesse decorrer com sucesso, procurando-se, assim, restabelecer a ordem pública o mais rapidamente possível para a população voltar à sua rotina normal. E congratulou-se com o facto de a maioria dos cidadãos ter rejeitado, de um modo consciente e racional, todo o tipo de rumores falsos que foram circulando, obedecendo e acreditando nas informações e notícias de fontes governamentais que foram sendo divulgadas oportunamente, em grande escala, com exactidão e com esclarecimentos efectivos. O secretário referiu também o total apoio prestado pelo sector da comunicação social e a gestão das emoções pelos cidadãos, que possibilitaram que o governo se focasse nos seus esforços de combate ao tufão.

De qualquer forma, Wong Sio Chak entende haver espaço para melhorias nos trabalhos de combate a catástrofes naturais, lembrando que, por exemplo, alguns residentes das zonas baixas recusaram-se a deixar o local durante as acções de evacuação e que alguns visitantes, em violação das proibições da polícia, foram para áreas perigosas. Segundo o mesmo responsável, tendo em conta estes casos, será preciso ainda reforçar e aperfeiçoar o trabalho de educação e promoção. Já face aos rumores, considerou que o trabalho de esclarecimento pode também ser realizado de uma forma mais eficaz.

Na mesma ocasião, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários e comandante de acção conjunta da estrutura de Protecção Civil, Ma Io Kun, também fez um balanço sobre o funcionamento do COPC, dizendo que, assim que foi accionado, o Chefe do Executivo convocou cinco reuniões para dar instruções e exigiu um alto estado de prontidão, bem como um acompanhamento adequado dos trabalhos de resposta nas várias áreas. Ma Io Kun acrescentou que, durante o combate ao “Mangkhut”, todos os membros da estrutura de Protecção Civil desempenharam bem as suas funções na tomada das diversas medidas, nomeadamente nas acções de evacuação das zonas baixas, de onde foram retirados gradualmente 5650 moradores. Além disso, os 16 centros de abrigo acolheram um total de 1343 pessoas.

Por sua vez, o director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, Raymond Tam, realçou que o “Mangkhut” originou o período mais longo de sinal no 10 de tempestade tropical em Macau, tendo ficado içado durante nove horas. O ponto mais alto da média de velocidade do vento de 10 minutos foi de 137 km/h na Ponte de Sai Van, abaixo dos 155 km/h registados durante o tufão Hato, no ano passado. Também a rajada máxima do “Mangkhut”, de 188,6 km/h na Ponte de Amizade, ficou aquém da verificada durante o Hato que atingiu os 217,4 km/h. O mesmo responsável disse ainda que as cheias ocorreram pelas 11h20 na costa do Porto Interior, com o nível das águas a atingir, pelas 15h, o seu máximo de cerca de 1,9 metros, recuando por completo por volta das 23h.

Na conferência de imprensa, o presidente do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, José Tavares, explicou o andamento dos trabalhos de limpeza de obstáculos e de barreiras, a par da situação de inspecção para garantia da segurança alimentar. O gestor do centro de despacho do sistema da direcção e da rede de energia eléctrica da CEM, Charles Leong, também falou sobre o estado de funcionamento dos serviços e dos trabalhos de reparação face à suspensão de electricidade em algumas zonas.

Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, presente na conferência de imprensa para apresentar o balanço sobre trabalhos da protecção civil em resposta ao super tufão “Mangkhut”