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2016-11-24

O Grupo de Trabalho Conjunto para a Segurança Nuclear visitou a Central Nuclear de Taishan para um melhor conhecimento da situação de construção da central

A delegação de Macau, organizada pelo Grupo de Trabalho Conjunto para a Segurança Nuclear e chefiada pelo Coordenador do Gabinete Coordenador de Segurança, Choi Lai Hang, deslocou-se hoje (dia 24) à Província de Guangdong para efectuar uma visita in loco à Central Nuclear de Taishan, que ainda não entrou em funcionamento, de modo a aprofundar os conhecimentos sobre o projecto, intalações e segurança da mesma.

O governo da RAEM está muito atento às preocupações da comunidade local em relação à segurança das centrais nucleares nas regiões vizinhas. Com o apoio e colaboração dos respectivos ministérios e comissões do governo central, entidades da Província de Guangdong e China General Nuclear Power Group, foram realizadas, em Macau, em Junho, palestras com a presença dos peritos da área do interior da China para explicação e esclarecimento. Esta visita da delegação de Macau à Central Nuclear de Taishan pode proporcionar um melhor conhecimento do governo da RAEM no âmbito da segurança nuclear, bem como atenuar as preocupações dos cidadãos de Macau.

Durante a visita, o gerente-geral da Taishan Nuclear Power Joint Venture Co, Ltd, Guo Limin, referiu que a Central Nuclear de Taishan tem vindo a seguir rigorosamente a legislação do País assim como os respectivos regulamentos ligados à construção nuclear e continua a reforçar o controlo e gestão de segurança, qualidade, etc, a fim de promover a construção das instalações nucleares de acordo com o projecto.

O adjunto do gerente-geral da Taishan Nuclear Power Joint Venture Co, Ltd, Deng Zhengping, afirmou que a Central Nuclear de Taishan já aprovou uma zona para o plano de emergência nos termos da legislação. Esta área é dividida em sectores, respectivamente, com um raio de 5 km, denominada zona de preparação de evacuação e, com um raio de 50 km (área máxima sugerida pela respectiva legislação vigente), uma zona de preparação de controlo de alimentos e de água. Conforme os cálculos científicos e os incidentes reais, em caso de incidentes nas centrais nucleares, mesmo do nível 7, considerado o mais elevado, nas zonas com uma distância superior a 20 km das mesmas, não há necessidade de tomar medidas de protecção completa, nomeadamente a evacuação da população, pelo contrário, apenas devem efectuar-se medidas de inspecção e desinfecção das pessoas, produtos e meios de transporte oriundos da zona do incidente e sua circunvizinhança. Macau, localizado a 67 km da Central Nuclear de Taishan, está fora da zona do plano de emergência nuclear, por isso, não é necessário tomar medidas especiais.

Conforme a Escala de Ocorrências Nucleares da Agência Internacional de Energia Atómica, os incidentes são classificados em 7 níveis, dos quais, os níveis 1 a 3 são “incidentes” e de 4 a 7 são “acidentes”. As ocorrências classificadas de nível 0 correspondem ao nível Abaixo da Escala e não têm qualquer importância do ponto de vista da segurança, têm apenas o objectivo de corrigir os desvios e adquisição de experiência. Até à presente data, não se registou nenhuma ocorrência relacionada com a segurança classificada no nível 2 ou superior nas centrais nucleares da China o que mostra um bom funcionamento das mesmas.

Por outro lado, as autoridades de segurança de Macau estão a acompanhar o assunto referente à assinatura do protocolo de cooperação com o Gabinete de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong, pretendendo que o Mecanismo de permuta de informações nucleares entre Guangdong e Macau possa ser criado o maís rápido possível para efeitos de uma melhor salvaguarda da segurança e saúde dos cidadãos. Estando convencido de que, com a criação do referido mecanismo, poderão ser organizadas mais visitas in loco à Central Nuclear de Taishan destinadas aos representantes dos diferentes sectores da comunidade para um melhor conhecimento sobre o desenvolvimento da energia nuclear do País. Actualmente, os peritos das respectivas entidades estão a prestar apoio à avaliação e revisão do actual plano de contingência para incidentes nucleares da RAEM.

A delegação de Macau é composta pelos representantes dos membros do Grupo de Trabalho Conjunto para a Segurança Nuclear (incluindo a Autoridade de Aviação Cívil, o Corpo de Bombeiros, o Centro Hospitalar Conde de S. Januário, o Corpo de Polícia de Segurança Pública, a Cruz Vermelha de Macau, a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água, a Direcção dos Serviços de Economia, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental, o Gabinete de Comunicação Social, o Gabinete Coordenador de Macau, o Hospital Keang Wu, o Hospital da Universidade, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, o Instituto de Acção Social, a Polícia Judiciária, os Serviços de Alfândega, a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau, a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos e Serviços de Saúde), das associações (incluindo a União Geral das Associações dos Moradores de Macau, a Federação das Associações dos Operários de Macau, a Associação Geral das Mulheres de Macau e a Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau) e dos serviços públicos (incluindo o Gabinete do Secretário para a Segurança, Serviços de Polícia Unitários e Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético).

O Grupo de Trabalho Conjunto para a Segurança Nuclear visitou a Central Nuclear de Taishan para um melhor conhecimento da situação de construção da central
(Fotografia do GCS)
O Grupo de Trabalho Conjunto para a Segurança Nuclear visitou a Central Nuclear de Taishan para um melhor conhecimento da situação de construção da central
(Fotografia do GCS)