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2016-05-30

Segurança de Macau com tendência estável

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, afirmou, hoje (30 de Maio), que no primeiro trimestre do ano 2016, a polícia instaurou, um total de 3.333 inquéritos criminais, relativamente ao mesmo período do ano passado, representando uma descida de 7,1 por cento, e uma baixa percentagem nos crimes graves, sem registo de homicídios, o que representa uma melhoria óbvia da segurança, comparando com o período homólogo do ano transacto, havendo um desenvolvimento de um ambiente estável e seguro em geral.

Na opinião de Wong Sio Chak não existem indícios que o período de ajustamento das receitas do jogo tenham impacto negativo na segurança local. Garantiu que a polícia irá empenhar-se na prevenção para evitar a ocorrência de crimes, continuando a prestar um nível elevado de atenção e a fiscalizar estreitamente as respectivas situações.

Durante o balanço da criminalidade relativo ao primeiro trimestre de 2016, o secretário para a Segurança revelou terem sido registados um total de 626 casos de “crimes contra a pessoa”, um aumento de 2,8 por cento relativamente ao período homólogo do ano passado, devido ao aumento de “crime de sequestro” (vulgarmente conhecido por crime de cárcere privado).

Acrescentou que, no primeiro trimestre deste ano, foram registados 181 casos de “criminalidade violenta”, uma subida de 24 por cento, comparativamente ao período homólogo. Este aumento é devido a uma subida dos crimes de “cárcere privado” e “tráfico de droga”. Salientou que no âmbito dos crimes de violência grave, continua-se com zero casos de “homicídio” ou de “rapto” e uma taxa muito baixa de casos de “ofensas corporais graves”.

Relativamente aos “crimes contra a vida em sociedade”, o mesmo responsável indicou que, no primeiro trimestre do ano, foram registados 186 casos, significando uma descida de 27,9 por cento, comparando com o período homólogo do ano transacto, sendo de destacar o “crime de fogo posto”, que apresenta um decréscimo notável de 80 por cento.

Quanto aos crimes relacionados com o jogo, os crimes de “usura” e “cárcere privado registaram respectivamente uma subida de 55,9 por cento e 32,8 por cento, comparativamente com o período homólogo do ano 2015. Prometeu que autoridades de segurança continuarão a proceder a ajustamentos na implementação de recursos policiais, no sentido de responder às novas tendências de criminalidade, implementar sistemas de prevenção que proporcionem uma resposta imediata e eficaz e envidar esforços para garantir a segurança da sociedade e combater o crime, a fim de promover uma estabilidade contínua da sociedade de Macau.

Além disso, quanto às acções de prevenção e combate aos imigrantes ilegais, o secretário referiu que, em finais do ano passado, a polícia instituiu o “mecanismo de prevenção conjunto sobre trabalhos de combate a imigrantes ilegais”, mediante as ligações estreitas com os serviços competentes do Interior da China, nomeadamente os postos fronteiriços, polícia marítima, bem como a polícia de Zhuhai, e através das estratégias de acções de combate e esforços envidados, no primeiro trimestre deste ano, houve uma descida significativa do número de imigrantes ilegais e em excesso de permanência, o que se situou em 7431 pessoas.

Relativamente às irregularidades dos taxistas e outras situações de transporte ilegal, Wong Sio Chak disse que, no âmbito de operações conjuntas do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e da Direcção dos Serviços para os Assunto de Tráfego (DSAT) em diferentes locais, visou-se a fiscalização e o combate às infracções relacionadas com os taxistas, no primeiro trimestre deste ano, verificando-se 1277 casos de autuação, ou seja uma redução de 25,9 por cento comparando com o mesmo período do ano transacto. O CPSP continua a cooperar com as entidades competentes no combate às actividades ilegais dos taxistas, a fim de assegurar uma imagem de Macau como cidade de turismo saudável.

Wong Sio Chak revelou que com o reforço do trabalho de sensibilização e divulgação da polícia, bem como a intensificação da cooperação com as polícias do Interior da China e das regiões vizinhas, registou-se uma descida acentuada da “criminalidade da burla por telefone”, representando uma notável descida de 45 casos para nove casos, comparativamente ao período homólogo. Entretanto, o crime de “extorsão por via de ameaças de divulgação de imagens íntimas na internet”, o primeiro trimestre registou um aumento de quatro para 18 casos comparativamente ao mesmo período do ano passado. As autoridades apelam aos cidadãos para estarem atentos às mensagens divulgadas pela polícia sobre a prevenção de crimes e de uma maior consciencialização sobre este género de criminalidade.

O mesmo responsável indicou que a ocorrência dos crimes de “furto”, “roubo” e “fogo posto”, entre outros crimes, que afectam mais os visitantes e a vida quotidiana dos residentes, apresenta uma diminuição. Acrescentou que as autoridades vão tomar muita atenção à situação da segurança comunitária, ajustar atempadamente a disposição policial, reforçar a cooperação com os cidadãos para desenvolver o policiamento comunitário e manter conjuntamente o bom ambiente de segurança.

Wong Sio Chak concluiu salientando os resultados alcançados no trabalho de fiscalização e execução da lei a cargo da polícia, designadamente no âmbito de prevenção criminal e de sensibilização e educação. Sublinhou a aposta no trabalho de policiamento comunitário, com o objectivo de desenvolver mais actividades dirigidas à sensibilização, educação e de prevenção de criminalidade, reforçou-se, também, o conhecimento sobre a prevenção criminal dos cidadãos, alertando-os para a tomada de medidas preventivas, contribuindo consequentemente para o decréscimo de número de crimes.

Entretanto, o secretário reiterou que os dados estatísticos policiais e de execução relativos ao primeiro trimestre deste ano, demonstram-nos uma descida notável no número de crimes. Entretanto, adiantou ter havido um aumento de 15,9 por cento em número de indivíduos detidos e entregues ao Ministério Público, representando uma subida na eficácia da execução das autoridades de segurança no primeiro trimestre deste ano, relativamente ao período homólogo do ano passado. Reiterou que as autoridades de segurança continuarão a prestar elevada importância à situação da segurança local, constatando, recolhendo e eliminando, o mais cedo possível, os factores de instabilidade, que afectam a segurança da sociedade, bem como ajustando atempadamente os trabalhos de execução, e implementando um dispositivo policial adequado eficaz, bem como recorrendo a acções de prevenção e de combate ao crime, a fim de assegurar a estabilidade e o desenvolvimento de Macau.

Por fim, Wong Sio Chak, manifestou uma atenção a algumas opiniões que consideram haver excesso dos elementos das forças policiais, referindo que vários países e regiões existem diferentes métodos de contagem, e os seus serviços e funções também não são iguais, portanto, é difícil fazer uma comparação para avaliar a racionalidade de proporção da polícia.

Acrescentou o mesmo responsável que a quantidade da equipa policial depende de várias factores, nomeadamente a densidade demográfica, grau de abertura da cidade, a velocidade do desenvolvimento social, a complexidade de contradição da sociedade, sistema jurídico e métodos de cumprimento da lei, por isso, não concorda com as afirmações que dizem que a força policial tem um crescimento ilimitado, afirmando que a polícia tem implementado uma nova noção de aperfeiçoamento sem aumento do número de efectivos, ou seja, promover os trabalhos policiais e liberar os recursos humanos, tão como a promoção do policiamento comunitário, reforço de ciência e tecnologia e aquisição de serviço de segurança.

Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, apresenta balanço da criminalidade do primeiro trimestre de 2016. (Fotografia do GCS)