O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak afirmou, hoje (19), que
actualmente, os recursos humanos e as infra-estruturas da tutela da segurança
ainda têm espaço para dar resposta aos desafios do futuro e com isto pretende
melhorar constantemente o mecanismo de execução e elevar cada vez mais a
capacidade das forças policiais. Revelou ainda que entregou, ao Chefe do
Executivo, um relatório sobre a capacidade de acolhimento de turistas em Macau.
Ao ser questionado pela comunicação social, numa ocasião pública, o Secretário
revelou que o relatório entregue, seguiu as instruções do Chefe do Executivo,
depois de consultados os serviços da tutela, efectuados os respectivos estudos,
análise e avaliação sobre a situação dos últimos anos, principalmente sobre as
medidas de controlo do fluxo de pessoas e passagem nas fronteiras durante a
época do Novo Ano Lunar, bem como o potencial risco e capacidade de acolhimento.
Adiantou que através da alteração do modelo de execução e de ideologia, a
comunicação estreita com os serviços competentes do interior da China e a
cooperação e colaboração de vários serviços públicos, permitiu realizar os
trabalhos com sucesso. Actualmente os recursos humanos e as infra-estruturas da
tutela de segurança podem dar resposta ao actual volume de turistas permitindo
ainda espaço para melhorar.
Em relação ao modelo de distribuição dos visitantes, nas várias fronteiras e em
momentos diferentes, Wong Sio Chak concorda com a ideia, mas considera
impossível exigir que os turistas visitem Macau em épocas distintas. Disse
esperar que com o lançamento da proposta de férias com vencimento do interior da
China, os residentes do Continente sejam impulsionados a viajar de forma
faseada.
Quanto ao recrutamenteo de pessoal, revelou que segundo anúncio feito pelo
governo, este ano, irão ser recrutados cerca de 2000 novos funcionários, dos
quais 500 para a área da segurança. Indicou que com o desenvolvimento da
sociedade, estão a enfrentar desafios em termos da prevenção e combate da
criminalidade. Adiantou que para assegurar a estabilidade social, os Serviços da
tutela da segurança assumem um leque de trabalhos sendo que a racionalização dos
quadros não representa o mesmo que cortar o número de funcionários.
No futuro, as autoridades para além de recrutarem mais pessoal, pretendem
procurar melhorar o sistema, reforçar os meios informáticos e científicos, assim
como a força policial e os respectivos recursos para elevar constantemente a
capacidade de execução a fim de sustentar mais tarefas ligadas à execução da
lei, com o menor número de funcionários possível.
Quanto à unificação dos sistemas, nos diferentes serviços, Wong Sio Chak
considera que o ponto crucial de ponderação está na capacidade de execução da
lei, uma vez que cada serviço abrange a própria especialidade, o que necessita
de uma análise abrangente e prospectiva.
Entretanto, ao ser questionado sobre a instalação de câmaras de CCTV, Wong Sio
Chak revelou que serão instaladas, nas primeiras três fases, um total de 820
câmaras, sendo que o concurso público da primeira fase terminou no final do ano
passado e todos os trabalhos procedem ordenadamente. Acrescentou que o plano
preliminar sobre a quarta fase está em andamento, onde se prevê a instalação de
mais 800 câmaras, ou seja um total de 1620. Revelou que as câmaras serão
instaladas, principalmente, nos postos fronteiriços, infra-estruturas
importantes, rodovias e “pontos negros” – zonas de maior risco de segurança.