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2015-02-13

Criminalidade em Macau teve aumento ligeiro de 2,4% em relação ao ano de 2013

O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak disse hoje (13) que no ano de 2014, a criminalidade geral em Macau teve um aumento ligeiro de 2,4% em relação ao ano de 2013, na sua maioria por “ crimes contra bens patrimonais” e “ crimes contra as pessoas”, registando entretanto uma melhoria no âmbito dos crimes que pertubam a vida quotidiana dos cidadãos tais como: roubo, furto e fogo posto, mas o crime de extorsão por via de ameaças de divulgação de imagens íntimas na internet, registou uma subida de 100 por cento.

As autoridades de segurança irão envidar todos os seus esforços, não só no reforço da aplicação de uma série de medidas de prevenção e combate à criminalidade, mas também continuarão a fazer estudos sobre o desenvolvimento da situação de segurança e da tendência da criminalidade, a fim de atingir o objectivo de precaver-se contra a eventualidade de qualquer incidente, assegurar a estabilidade e a prosperidade de sociedade bem como contribuir para o bem-estar do povo.

Ao fazer o balanço da criminalidade do ano de 2014, o Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak revelou que em 2014 a polícia abriu o total de 14.016 inquéritos criminais, na sua maioria por “crimes contra bens patrimonais” e “ crimes contra as pessoas”, que representam 56 por cento e 19,4 por cento, respectivamente. No entanto, a actividade delituosa geral em 2014, registou um aumento de 8,3 por centro no primeiro trimestre, houve um melhoramento estável e um decréscimo progressivo de 2,4 por cento ao longo do ano. É importante referir que no ano de 2014 não houve nenhum caso de “ homicídio” e “rapto”.

Comparando com o ano de 2013, foi registado um aumento de 8,4 por cento na “ criminalidade violenta”, com mais incidência em casos de “extorsão” e “sequestro” (vulgarmente conhecido por cime de cárcere privado), que no seu conjunto representa uma subida notável de 50,7 por cento e de 46,7 por cento, respectivamente. Relativamente aos crimes que mais perturbam a vida diária dos residentes, tais como: roubo, furto e fogo posto, depois de tomadas medidas preventivas eficazes e do comabte severo pela polícia, bem como com a elevação contínua da consciência de prevenção dos próprios residentes, e ainda, o apoio dado pleos media no âmbito de divulgação, a situação apresentou uma melhoria continuada. No caso de “roubo” foi registado uma descida de 20 por cento dos casos.

No ano de 2014, ainda era grave a situação da criminalidade da burla por telefone e da extorsão por via de ameaças de divulgação de imagens íntimas na internet. O número de casos de burla por telefone registado é de 282, correspondente a uma subida de 161 por cento, ou seja, mais 174 casos (em comparação com os 108 casos do ano de 2013), quanto ao crime de extorsão por via de ameaças de divulgação de imagens íntimas na internet, registou-se um acréscimo de 30 casos do ano de 2013 para 60 do ano de 2014, equivalente a uma subida de 100 por cento.

Em relação ao crime de estupefacientes, não se pode ficar optimista à tendência desse tipo de criminalidade. Face às mudanças dos meios aplicados no tráfico de estupefacientes e do consumo oculto dos mesmos, a sociedade em geral tem que prestar maior atenção e aplicar medidas preventivas, além disso, a polícia também tem que dispôr de mais recursos neste aspecto e cumprir, com maior dinamismo, o seu trabalho de execução da lei.

Wong Sio Chak indicou que quanto ao aumento de crimes relacionado com o jogo, para além de estar relacionado com o esforço e o empenho da polícia na execução do seu trabalho, pode também ser relacionado com os factores instáveis que surgiram na fase de ajustamento do sector do jogo no segundo semestre, pelo que é necessário que a polícia tome mais atenção a esse fenómeno e faça avaliações respeitantes aos impactos desfavoráveis que o mesmo pode causar à segurança local.

Tendo em consideração a situação acima referida, as autoridades de segurança irão intensificar o seu trabalho, nomeadamente o de divulgação e de educação, pelo que irão optimizar as estratégias de comunicação, aumentar a frequência e alargamento de cobertura dessas actividades, para que essas mensagens sejam divulgadas pelos diferentes sectores da sociedade. Entretanto, irão ser tomadas medidas de divulgação mais criativas para que seja elevada a eficácia de divulgação e estabelecido entre a polícia e a população, um modelo de prevenção e combate à criminalidade com mais eficiente.

Segundo a sistematização do Código Penal, a situação dos outros tipos de crime é a seguinte:

Em 2014, foram registados o total de 2.718 casos de “crime contra as pessoas”, o que significa um aumento de 7,8 por cento, nomeadamente, 1.769 casos de “ofensa simples à integridade física”, que representa um aumento de 5,2 por cento; 258 casos de “ameaça”, que significa um aumento de 13,7 por cento e 13 casos de “ofensa grave à integridade física” que mantem um valor baixo.

Em 2014, foram registados 7.843 casos de “crime contra bens patrimoniais”, o que representa um aumento ligeiro de 1,6 por cento, comparando com o ano de 2013. No total, foram registados 3.375 casos de furto comum, uma descida de 12,2 por cento, traduzidos em “furtos nas habitações” e “furtos do tipo de carteiristas”, o que representa uma descida de 46,2 por cento e de 10,6 por cento, respectivamente. Além disso, apresentaram uma subida notável os casos de “burla”, “usura” e “extorsão” tendo-se registado, respectivamente, 36,9 por cento, 29,2 por cento e 50,7 por cento.

Quanto ao “crime contra a vida em sociedade”, foram registados 896 casos, significando uma descida de 7,7 por cento, nomeadamente “falsificação de documento” e “passagem de moeda falsa”, representado no seu conjunto uma descida de 13,9 por cento e 4,1 por cento, respectivamente. Foi registado, ainda, uma descida significativa de 30 por cento em casos de “fogo posto”. Quanto ao “crime contra o território”, foram registados 903 casos, em comparação com o ano de 2013 houve uma subida de 11,1 por cento, consubstânciado em “crime de desobediência” e de “falsas declarações”, respectivamente 14,4 por cento e 10,2 por cento.

Foram registados 1.656 casos de “crime não classificado noutros grupos”, nos quais houve uma ligeira descida de 0,3 por cento. Foram principalmente casos de “aliciamento”, “auxílio”, “acolhimento”, “emprego de imigrantes ilegais”. No total foram registados 492 casos, representando uma subida de 8,1 por cento. O “consumo de droga” registou uma descida de 15,2 por cento. Para além disso, a autoridade continua no combate à condução sob influência de álcool ou estupaficientes, crime no qual foram detectados 353 casos, havendo assim uma descida de 14,7 por cento no ano 2014.

No âmbito da deliquência juvenil, no ano passado, foram registados 65 casos de infracções cometidas por jovens, havendo assim um aumento de 14 casos, o que traduz num acréscimo de 27,5 por cento, tendo sido verificado a participação de 91 menores nos delitos.

Entretanto no ano passado, o número de imigrantes ilegais e as pessoas em excesso de permanência totalizou 49.563, o que representa um aumento de 12,3 por cento, entre os quais se contabiliza: entrada ilegal de 1.409 pessoas provenientes do Interior da China; excesso de permanência de titulares de Visto Individual, 4.428 pessoas; excesso de permanência de titulares de outros documentos do Interior da China, 40.833 pessoas; e excesso de permanência de estrangeiros, 2.893 pessoas.

Durante as operações policiais e operações de investigação efectuadas no ano anterior, foram presentes ao Mininstério Público 4.796 indivíduos, ou seja, registou-se um aumento de 35 indivíduos em comparação com o ano de 2013.

Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak faz balanço da criminalidade de Macau no ano 2014(Fotografia do GCS)